Gestão

GESTÃO HOSPITALAR

Os avanços tecnológicos e o aparecimento da medicina científica nos últimos anos vêm provocando uma verdadeira revolução na função dos hospitais e mudanças nas filosofias de administração, controle e gestão. As transformações nas organizações de saúde, principalmente os avanços na tecnologia, nem sempre são acompanhados de novas formas de gestão, fazendo surgir a necessidade de um gerenciamento inovador, sistematizado, que investe em gestão de custos, oferecendo instrumentos para tomada de decisões, pois não basta a modernização através da tecnologia, se não houver planejamento e estratégias.

Nesta esteira, identifica-se, portanto, um grande descompasso entre o que prevê as novas formas de gestão contemporânea e as formas de gestão ainda adotadas por alguns serviços de saúde.

Assim, define-se a Gestão Hospitalar como um meio de gerenciamento das atividades de um hospital, desenvolvidas no dia a dia e que precisam ser exercidas de acordo com as metas e objetivos estabelecidos.

A gestão hospitalar desenvolve um conjunto de ações de saúde no âmbito individual e coletivo por meio de exercícios de prática gerenciais democráticas e participativas, sobre a forma de trabalho em equipe, pelas quais assume a responsabilidade de suas ações.

Atualmente a adoção de gestão especializada é uma das mais importantes diferenças entre as organizações hospitalares e as demais organizações, sendo relevante destacar, como exemplo:

  1.  A dificuldade de definir e mensurar o produto hospitalar;
  2. A frequente existência de dupla autoridade gerando conflitos;
  3. A alta variabilidade e complexidade do trabalho, extremamente especializado e dependente de diferentes grupos profissionais;
  4. O setor essencialmente de trabalho intensivo;
  5. A produtividade e resultado dependem, sobretudo, de uma combinação adequada entre os vários tipos de profissionais.

Apenas as organizações de saúde abarcam estas e tantas outras características simultaneamente, por isso a integração organizacional se constitui em um desafio para os gestores.

Os critérios que conduzem a uma nova gestão hospitalar, considerados pilares essenciais da nova missão hospitalar, são a orientação ao usuário, avanço contínuo da procura por excelência e autoridade responsável no contexto de coordenação e integração em redes, acompanhados por elementos estratégicos, tais como participação social, transparência e responsabilidade no desenvolvimento das políticas públicas.

Sejam públicos ou privados, é necessário que os hospitais possuam profissionais gestores com postura empreendedora, amparados no entendimento das organizações como conjuntos de elementos que interagem entre si para a realização de um objetivo comum, mantendo a inter-relação com o ambiente.

Em instituições hospitalares, outro importante fator a ser considerado é a relação: custo/qualidade do serviço/desempenho.

Neste contexto, surge a gestão estratégica de custos, importante ferramenta que fornece informações e suporte à gestão em seu processo decisório, auxiliando no controle, definição de metas e diretrizes destas organizações.